sexta-feira, 8 de abril de 2011

Narradores de Javé: a memória entre a tradição oral e a escrita

Resumo critico:

Narradores de Javé: a memória entre a tradição oral e a escrita
Autor: Maria Aparecida Bergamaschi

      O filme Narradores de Javé é uma homenagem aos contadores de historias e ao prazer de contar causos ocorridos ou inventados e a sedução que exercem.
     No filme mostra temas de uma forma muito forte é a memória e a oralidade, que os narradores de Javé confrontam com a escrita, mostra a memória de uma forma dinâmica e não como algo guardado que a qualquer momento pode ser resgatado. E a ameaça concreta de inundação de suas terras, e não terem nenhum documento formal que diga que lhe pertence, surgindo à necessidade de usar a escrita, ate então desprezada pelos moradores da cidade, eles visão a buscar a sua origem individual e coletiva do seu povo, a relação entre historia e memória e complexa dificultando colocar no papel, que para eles era o livro que ia salvar sua cidade, a suas lembranças, as historias que estão na cabeça.      Historia e memória são construções, elas ocorrem em um capo delicado, pois cada morador tem sua versão do fato e querem construir um passado levando em conta seus próprios interesse pessoais.
      Memória é uma constituição no presente e tem como função manter uma coesão do grupo, no filme seria um livro com as narrativas dos moradores de Javé, mas eles guardam para si suas próprias memórias e selecionam seus próprios anseios diferenciando assim o passado de cada um, mesmo que tenham vivido a mesma época e lugar.
      Quando um acontecimento e registrado de uma forma escrita não se pode mudar, e um “causo” cada vez que e contado pode ser passado de uma forma diferente, pois não a obrigatoriedade de se utilizar a mesma palavra toda vez que for contado, mas e impossível dissociar as duas praticas diante da força da memória e da tradição oral, pois os registros escritos não apagam a experiência vivida, pois a memória e um elemento de extrema importância na construção da escrita.

“ A oralidade permite um refazer constate do passado a ponto de não se separá-lo do presente”




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